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Confiança na economia aumenta em 2010
"Além de mais confiantes na economia brasileira, os pequenos empresários estão mais animados com a indústria"
Adriana Aguilar
A confiança dos pequenos e médios empresários na economia do país está maior, marcando 68,1 pontos contra os 65,5 pontos verificados no período anterior à crise financeira global, no segundo semestre de 2008. É o que mostra o Índice de Confiança dos Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN) a respeito das expectativas dos empresários sobre o desempenho da economia do país, do seu ramo de atividade e da sua empresa no primeiro trimestre de 2010.
"Além de mais confiantes na economia brasileira, os pequenos empresários estão mais animados com a indústria", afirma José Luiz Rossi, professor do Insper Instituto de Ensino e Pesquisa (ex-Ibmec São Paulo). O setor industrial obteve 69,2 pontos de confiança na quinta medição do índice, divulgada em dezembro de 2009, contra 65,8 pontos verificados em setembro de 2009.
Entre os diferentes ramos de atividade, o comércio também está mais otimista, com 68,9 pontos em dezembro contra 67,8 pontos em setembro. Também houve significativa evolução no setor de serviços - que passou de 65,8 pontos na quarta medição para 68,9 pontos no final de 2009.
Em cada pesquisa há a participação de cerca de 1,2 mil pequenos e médios empresários, das cinco regiões do Brasil, que responderam seis perguntas. O índice - dentro da escala de 0 a 100 pontos - é desenvolvido pelo Insper em parceria com o Grupo Santander Brasil. Entram na pesquisa os três ramos de atividade (comércio, serviços e indústria) que faturam até R$ 20 milhões por ano.
A pesquisa verificou, com exclusividade para o Valor que, como condição principal para iniciar o próprio negócio, os pequenos empresários, primeiramente, se preocupam em ter ideias inovadoras (25,8%), experiência na área do negócio (23,4%), acesso a crédito (20,3%), cursos e treinamentos (16,4%) e, por último, troca de experiências (14,1%). "Os entrevistados demonstraram ter noção da essência do empreendedorismo, aliando no topo do ranking os fundamentos de inovação e experiência", diz José Luiz Rossi.
O superintendente executivo de pequenas e médias empresas do Grupo Santander Brasil, Claudio Yutaka Fukasawa, explica que os resultados das pesquisas que medem o (IC-PMN) ajudam a direcionar as ações da instituição aos pequenos empresários. "Com base nas informações coletadas na pesquisa, lançamos o portal Santander Empreendedor e aumentamos a oferta de capital de crédito para o segmento", afirma Fukasawa.