R. Jesuíno Mendes, 103 - Centro, Água Doce/SC
- (49) 3524-0367
Preços no atacado caem 0,18% na segunda prévia de dezembro
Queda do IGP-M é generalizada e indica inflação baixa no próximo ano
Jacqueline Farid
Queda do IGP-M é generalizada e indica inflação baixa no próximo ano
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,18% na segunda prévia de dezembro, após alta de 0,09% em novembro, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Para o coordenador de Análises Econômicas da instituição, Salomão Quadros, os dados trazem perspectivas "muito positivas" para a trajetória dos índices inflacionários no ano que vem. "A queda dos preços no atacado é tão forte e espalhada que não deve se modificar rapidamente."
Quadros salientou que há recuo tanto em preços de produtos agrícolas quanto em insumos industriais e acrescentou que, ainda no que diz respeito aos preços no atacado, "os primeiros sinais para os produtos agrícolas no ano que vem, que vão ser cruciais para a inflação, são bons, animadores do ponto de vista da contribuição para os índices de preços em 2010".
O Índice de Preços no Atacado (IPA-M) agrícola caiu 1% na segunda prévia de dezembro, ante alta de 0,71% em igual período de novembro. De acordo com Quadros, a deflação nesse grupo reflete um "ajuste externo" nos preços de commodities como soja e milho e, ainda, a queda de preços em produtos in natura, como tomate e batata.
De acordo com ele, ainda no âmbito do atacado, nos chamados insumos industriais, a variação de preços passou de alta de 0,44% na segunda prévia de novembro para queda de 0,50% em igual período de dezembro.
"Ou seja, durante dois meses, esses produtos mostravam recuperação de preços com a reação da economia brasileira e mundial, mas não há uma sustentação forte, são dois passos para frente e um para trás", disse ele sobre os recentes reajustes que vinham sendo registrados nesses produtos, que incluem os segmentos de metalurgia, química, fertilizantes.
"Não há na indústria formação de pressão de custos a ser repassada para os produtos finais, mesmo que a economia se aqueça mais, não há tanto o que repassar", observou.
No que diz respeito ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), que acelerou de 0,07% na segunda prévia de novembro para 0,19% em dezembro, Quadros explicou que "pelo menos 80% dessa alta de um mês para o outro" reflete a menor deflação no grupo alimentação, que passou de uma queda de 0,38% para um recuo mais brando, de 0,03%, sob impacto sobretudo dos aumentos nas frutas.
Segundo ele, é possível que no próximo mês essa influência pontual já tenha terminado. "Do ponto de vista da inflação ao consumidor, os sinais para o ano que vem são muito positivos."
O analista da Tendências Consultoria Gian Barbosa revisou a projeção para o IGP-M fechado de dezembro, a ser divulgado na semana que vem, de uma alta de 0,15% para uma queda de 0,15%. Segundo ele, os dados divulgados ontem mostram que o índice deverá encerrar 2009 com uma deflação de 1,60%, mais forte do que era prevista anteriormente (1,30%).
"A queda do indicador será um importante fator para contribuir para um desempenho bem favorável dos preços administrados em 2010", acredita o economista. O IGP-M é usado como indexador de reajustes de contratos de alguns serviços, como aluguel.
Quadros salientou que há recuo tanto em preços de produtos agrícolas quanto em insumos industriais e acrescentou que, ainda no que diz respeito aos preços no atacado, "os primeiros sinais para os produtos agrícolas no ano que vem, que vão ser cruciais para a inflação, são bons, animadores do ponto de vista da contribuição para os índices de preços em 2010".
O Índice de Preços no Atacado (IPA-M) agrícola caiu 1% na segunda prévia de dezembro, ante alta de 0,71% em igual período de novembro. De acordo com Quadros, a deflação nesse grupo reflete um "ajuste externo" nos preços de commodities como soja e milho e, ainda, a queda de preços em produtos in natura, como tomate e batata.
De acordo com ele, ainda no âmbito do atacado, nos chamados insumos industriais, a variação de preços passou de alta de 0,44% na segunda prévia de novembro para queda de 0,50% em igual período de dezembro.
"Ou seja, durante dois meses, esses produtos mostravam recuperação de preços com a reação da economia brasileira e mundial, mas não há uma sustentação forte, são dois passos para frente e um para trás", disse ele sobre os recentes reajustes que vinham sendo registrados nesses produtos, que incluem os segmentos de metalurgia, química, fertilizantes.
"Não há na indústria formação de pressão de custos a ser repassada para os produtos finais, mesmo que a economia se aqueça mais, não há tanto o que repassar", observou.
No que diz respeito ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), que acelerou de 0,07% na segunda prévia de novembro para 0,19% em dezembro, Quadros explicou que "pelo menos 80% dessa alta de um mês para o outro" reflete a menor deflação no grupo alimentação, que passou de uma queda de 0,38% para um recuo mais brando, de 0,03%, sob impacto sobretudo dos aumentos nas frutas.
Segundo ele, é possível que no próximo mês essa influência pontual já tenha terminado. "Do ponto de vista da inflação ao consumidor, os sinais para o ano que vem são muito positivos."
O analista da Tendências Consultoria Gian Barbosa revisou a projeção para o IGP-M fechado de dezembro, a ser divulgado na semana que vem, de uma alta de 0,15% para uma queda de 0,15%. Segundo ele, os dados divulgados ontem mostram que o índice deverá encerrar 2009 com uma deflação de 1,60%, mais forte do que era prevista anteriormente (1,30%).
"A queda do indicador será um importante fator para contribuir para um desempenho bem favorável dos preços administrados em 2010", acredita o economista. O IGP-M é usado como indexador de reajustes de contratos de alguns serviços, como aluguel.