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Cancelamento de serviços lidera reclamações
Com um ano e meio da lei dos call centers, clientes enfrentam dificuldade, principalmente no setor financeiro
O consumidor bem que tenta, mas solucionar problemas relativos à prestação de serviços por telefone não é tarefa das mais fáceis. O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça divulgou números ontem mostrando que cancelar serviços como TV por assinatura, cartão de crédito e telefonia, entre outros, continua a provocar dores de cabeça aos clientes.
Das queixas registradas pelos Procons de 23 Estados mais o Distrito Federal no primeiro semestre deste ano, 34,21% eram sobre cancelamento de serviços. No mesmo período de 2009, a fatia correspondia a 29,33% do total.
"Isso é muito preocupante, principalmente porque o aumento das reclamações se deu no setor financeiro", disse a diretora substituta do DPDC, Juliana Pereira. As informações dos SAC foram consolidadas pelo Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec).
Telefonia. No primeiro semestre de 2010, foram compiladas 8.071 reclamações ante 6.254 da primeira metade de 2009. Desde a entrada em vigor do decreto que regulamenta o serviço prestado ao cliente por meio dos call centers, 18 meses atrás, a compilação conta com 20.576 contatos.
Desde então, a telefonia celular foi a que representou maior empecilho aos clientes que usaram o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), de acordo com o DPDC. O segmento representou 28,43% do total de reclamações, seguido por telefonia fixa (22,67%), cartão de crédito (20,25%), banco comercial (10,08%), TV por assinatura (5,29%), energia elétrica (4,21%), área financeira (3,72%), plano de saúde (2,91%), seguradora (1,54%), transporte aéreo (0,59%) e transporte terrestre (0,32%).
"Os fornecedores devem garantir o acesso dos consumidores e a resolução rápida das suas demandas por meio do SAC, pois cada vez mais este é o principal canal utilizado", comentou Juliana.